Pontos Gatilho Miofasciais Tratados com Agulhamento
Pontos Gatilho Miofasciais Tratados com Agulhamento

Pontos Gatilho Miofasciais Tratados com Agulhamento

Antes de falar sobre as técnicas de agulhamento dos pontos gatilho miofasciais (PGMs), é preciso defini-los. PGMs são sítios irritáveis, firmes à palpação, localizados dentro de bandas tensas nos músculos. São considerados uma fonte importante de dor musculoesquelética, já que sua provocação causa desconforto local e dor referida.

Pacientes com DTMs miofasciais normalmente apresentam PGMs no pescoço e na musculatura mastigatória, e acredita-se que estes estão envolvidos na fisiopatologia e nas manifestações destas disfunções.

É comum, no tratamento da dor miofascial mastigatória, utilizar o agulhamento dos PGMs, que pode ser seco ou utilizando anestésicos locais sem vasoconstritor, técnica chamada de infiltração com anestésico.

A técnica de agulhamento consiste em localizar e imobilizar o PGM, seguido da inserção da agulha neste ponto, com movimentos rítmicos, objetivando eliminar essa fonte de dor miofascial.

A estimulação mecânica dos pontos gatilhos pela agulha parece ser a responsável pelo efeito terapêutico, portanto, a precisão no agulhamento parece ser o principal fator na eficácia do procedimento.

O Dentista Especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial é um dos profissionais da área da saúde mais capacitados a indicar e executar esses procedimentos.

Quer entender melhor como funcionam essas técnicas na prática?
Nas próximas publicações, vamos explicar com mais detalhes o que é o agulhamento seco e a infiltração com anestésico local, duas abordagens muito utilizadas no tratamento da dor miofascial.

Se você se interessa por temas como dor orofacial, DTMs e técnicas clínicas baseadas em evidência, acompanhe o blog e fique por dentro do conteúdo.

Referências:
CONTI, P. C. R. DTM: disfunções temporomandibulares: aplicação clínica das evidências científicas. Maringá: Dental Press, 2021.
LEEUW, R. Dor orofacial: guia de avaliação, diagnóstico e tratamento. 4. ed. São Paulo: Quintessence, 2010.
LEEUW, R.; KLASSER, G. D. Orofacial pain: guidelines for assessments, diagnosis and management. 6. ed. EUA: Quintessence, 2018.
MENÉNDEZ-TORRE, A., et al. Efectiveness of deep dry needling versus manual therapy in the treatment of myofascial temporomandibular disorders: a systematic review and network meta‑analysis. Chiropractic & Manual Therapies, 2023.
OKESON, J.P. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão, 6ª edição. Elsevier, 2008.